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Pauta Pública

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Author: Agência Pública
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Conduzido pela jornalista Andrea Dip, o Pauta Pública é um podcast semanal para refletir sobre os desafios do Brasil e do mundo. Em sua quinta temporada, o podcast traz a análise de especialistas para conversas que vão além do óbvio em temas como política, direitos humanos e muito mais. Toda sexta-feira, bem cedo, no seu tocador de podcast favorito.
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O 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública trouxe dados impressionantes sobre o avanço do crime organizado na Região Norte do Brasil. Segundo o levantamento, houve ali um crescimento de 92% nas apreensões de cocaína nos últimos 11 anos, bem acima da média no resto do Brasil que viu uma alta de 72% no mesmo período. Em 2024 foram apreendidos 15,2 toneladas de maconha contra 229 kg apreendidos em 2013, um aumento de 6.530%. Este aumento do tráfico se relaciona com o aumento da violência e de outros crimes como garimpo ilegal e lavagem de dinheiro. Mas o que explica esse cenário? Quais são as facções que se instalaram no interior da Amazônia Legal e como as comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas estão sofrendo o impacto desta explosão de violência? Para conversar sobre essa situação cada vez mais dramática e com muitos contornos o Pauta recebe o professor quilombola Aiala Colares, da Universidade Estadual do Pará. PhD em Geografia e Especialista em Direito Penal, ele fala com a gente sobre como a região Norte tem se transformado numa das principais rotas de tráfico de drogas no continente e o que poderia ser feito para frear todo esse processo.Não esqueça de seguir e curtir o Pauta Pública nas plataformas de áudio.
Em setembro de 2022, a morte de uma jovem no Irã foi o estopim para uma revolução contra a opressão e o autoritarismo. Jina Mahsa Amini, 22 anos, foi presa e agredida pela Polícia da Moralidade porque estava com o véu, obrigatório a todas as mulheres, posto de maneira que foi considerada incorreta. Em seu funeral, a família fez um apelo: “não nos deixem sozinhos”. Ali nasceu a poderosa revolução feminista iraniana, sob o lema “ jin, jiyan, azadi” — termo de origem curda — que significa mulher, vida, liberdade.Esse canto atravessou fronteiras e se transformou em símbolo global de resistência. Neste episódio, conversamos com a pesquisadora, professora e escritora iraniana Firoozeh Farvardin, que reflete sobre como a morte de Jina acendeu uma revolução que continua viva e conectada a outras lutas sociais e políticas em disputa no Irã. Ela também fala sobre a vida em estado constante de alerta após os recentes doze dias de ataques entre Israel e Irã, com apoio dos EUA, que em junho deixaram milhares de mortos.Ouça o episódio e compartilhe sua opinião sobre esse tema nos comentários. Não se esqueça que você também pode doar qualquer valor para apoiar o nosso jornalismo independente. Saiba mais em apoie.apublica.org
As mulheres são mais da metade da população brasileira, mas a baixa representação feminina no atual parlamento do país ainda é uma realidade. Na Câmara são apenas 18% das cadeiras e no Senado 19%. O novo Código Eleitoral, que está pronto para votação no Senado, ameaça reduzir ainda mais esse espaço, reduzindo de 30% para 20% as cotas obrigatórias para as candidaturas femininas.Para falar sobre esse retrocesso para as mulheres na política, que corre em silenciosa aprovação, o episódio da semana é com a jornalista e cientista política Helena Salvador, coordenadora de mobilização e campanhas do Pacto pela Democracia. Ela fala sobre os riscos desse retrocesso, sobre os caminhos traçados para conseguir os 30% que temos agora e os caminhos possíveis para fortalecer a democracia brasileira rumo à paridade de gênero no poder.
O dia dos pais, data comercial comemorada no segundo domingo de agosto, abre espaço para refletirmos sobre os diversos aspectos da paternidade, inclusive a ideia, ainda naturalizada socialmente, de que ao homem cabe apenas o papel de provedor financeiro. Isso quando não abandona completamente a responsabilidade do cuidado. Segundo dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, apenas em 2024, o Brasil emitiu mais de 91 mil certidões de nascimento apenas com o nome da mãe. E, de acordo com o Censo 2022, há quase seis vezes mais mães solo do que pais solo no país.Neste episódio do Pauta Pública, o educador parental Humberto Baltar, propõe uma reflexão além do atual cenário da ausência paterna no país e questiona o modelo tradicional do papel da figura masculina na criação dos filhos. Ele defende uma paternidade afetiva e efetiva, que deve ir além de oferecer um provimento material e passe também a considerar tudo que envolve também o cuidado emocional.Ouça o episódio completo e compartilhe sua opinião nos comentários.
A volta de Donald Trump ao poder fez ganhar força uma de suas principais promessas de campanha: as medidas contra a imigração no país. Em três meses de governo, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos anunciou que mais de 142 mil imigrantes irregulares foram deportados. A questão é que a sensação de insegurança tem ido além das pessoas que estão sem as devidas documentações no país e há relatos de que a deportação tem sido utilizada como ferramenta política para perseguir opositores e críticos do governo.Para refletir sobre essa realidade, Andrea Dip recebe no Pauta Pública desta semana, Jamil Chade, jornalista e escritor que acaba de lançar "Tomara que você seja deportado: uma viagem pela distopia americana”, um livro marcado por sua experiência pessoal, em que ele retrata os desafios diários mesmo em condições legais no país. A obra é resultado de uma viagem pela distopia estadunidense, no período entre a campanha eleitoral de Trump e a retomada de um governo autoritário, de perseguição às minorias e outros aspectos políticos e econômicos que evidenciam a decadência daquela sociedade.Ouça o episódio completo e compartilhe sua opinião nos comentários.
O fenômeno do crescimento evangélico no Brasil é cercado por muitas complexidades e precisa ser olhado com atenção. Não se trata de um grupo homogêneo ou perfeitamente representado por suas figuras políticas e midiáticas. Os dados do último censo do IBGE, sobre a demografia religiosa no Brasil, atualizam informações importantes para entendermos melhor o aumento dessa população.Neste episódio do Pauta Pública, Andrea Dip recebe a pesquisadora e socióloga Christina Vital para analisar o crescimento evangélico, revelado no Censo. A entrevistada vai além dos números que revelam um salto de 21,6% em 2010 para 26,9% em 2022 e explora como esse fenômeno se articula com a política nacional, impactando as periferias e os jovens em formação intelectual. Ela também reflete sobre as mudanças no campo evangélico após o bolsonarismo, os conflitos de interesse que surgiram ao longo desses anos e os desafios para as eleições de 2026.Ouça o episódio completo e não deixe de curtir e compartilhar o programa. Você também pode contribuir com o nosso trabalho, doando qualquer valor ou se tornando aliado por menos de 1 real por dia. Saiba mais em apoie.apublica.org
É impossível entender a segurança pública no Brasil sem olhar para a história das milícias ao longo do tempo. Para falar sobre esse tema, o Pauta Pública desta semana recebe a jornalista Cecília Oliveira que fala sobre o seu livro Como nasce um miliciano, recém lançado pela Bazar do Tempo. Ela revela as condições que incentivaram o surgimento e a expansão das milícias, que começaram na cidade do Rio de Janeiro e se tornaram um tipo de negócio violento e estruturado em diversas regiões do país. Na entrevista com Andrea Dip, Cecília resgata a história desses grupos, que têm raízes na década de 60 e 70, quando comerciantes passaram a contratar policiais “escolhidos a dedo” para garantir a segurança de determinadas regiões. Ela analisa quais são as camadas históricas e políticas que sustentam esse tipo de atividade, e os principais desafios para combater o avanço das milícias no país. “Enquanto não houver realmente uma decisão política de não tolerar mais esse tipo de conduta, não vai ter como mudar [...] porque quem tem a caneta na mão está com o bolso cheio vindo desse pessoal.” Ouça o episódio completo e saiba mais sobre o tema. O jornalismo independente da Agência Pública existe para te contar aquilo que você não costuma ver e ouvir nas grandes mídias. Por isso, contamos com o seu apoio para continuar fazendo este trabalho. Acesse apoie.apublica.org para se tornar uma pessoa aliada ou se preferir, faça um pix de qualquer valor para contato@apublica.org
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets rejeitou o parecer final sobre as acusações de empresas e influenciadoras e terminou suas atividades sem enviar nenhuma proposta de indiciamento para órgãos oficiais. Diante dessa dificuldade de punir e regular as empresas e pessoas que promovem as apostas online no Brasil, o Pauta Pública recebe Tiago Braga, Diretor do IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia).O Instituto lançou, em junho deste ano, um estudo que analisa o fenômeno das plataformas de bets e da dependência digital. Um dado que chama atenção é que 24 milhões de brasileiros apostaram em Bets em 2024 e desses apostadores, quase metade está endividada. Para entender mais sobre essas análises, ouça o episódio completo e compartilhe sua opinião sobre o tema nos comentários.Vale lembrar que estamos na reta final de uma campanha de arrecadação para investigar o mercado das bets no Brasil, uma iniciativa que só é possível com o jornalismo independente. Saiba mais em apoie.apublica.org ou doe agora para contato@apublica.org.
Bolsonaro pode até estar prestes a enfrentar a justiça, mas o Bolsonarismo e o Golpismo ainda seguem fortes como nunca na mobilização política e social do Brasil. Assanhada pela volta de Donald Trump ao poder, a extrema-direita no Brasil sente o momento promissor para estruturar novas lideranças e avançar com tudo o que podem nas eleições de 2026. Nesse cenário de disputas é preciso refletir sobre tudo o que vivemos para entender os desafios que se encontram ainda no presente. Essa é a ideia do livro Que Não Se Repita - A quase morte da democracia brasileira, escrito pelo jornalista Eugênio Bucci e lançado agora, em 2025, pela editora Seja Breve. No Pauta desta semana, Andrea Dip conversa com o próprio autor que retoma de maneira reflexiva estes últimos anos turbulentos da política brasileira, diagnosticando onde erramos e onde não podemos errar de novo, de forma alguma. Ouça o episódio completo.
O Dia do Orgulho LGBTQIAP+ é comemorado mundialmente em 28 de junho como um marco na luta por direitos, justiça social e políticas públicas. Mesmo com alguns avanços, a comunidade segue enfrentando retrocessos, agravados por desigualdades estruturais, especialmente quando se trata de identidade de gênero. Essa é uma realidade vivida de forma ntensa por pessoas intersexo, ou seja, aquelas que nascem com características sexuais (genitais, hormonais ou cromossômicas) que não se enquadram nas definições tradicionais de masculino ou feminino.Para falar sobre o tema, o Pauta Pública desta semana recebe Carolina Iara, mestre em Ciências Sociais, ativista dos movimentos negro e LGBTQIAP+, e a primeira mulher travesti intersexo a exercer um cargo de covereadora pela Bancada Feminista do PSOL, em São Paulo, eleita em 2020. Carolina compartilha sua experiência como pessoa intersexo submetida a cirurgias forçadas ainda na infância, analisa como o Brasil continua invisibilizando e violentando essa parcela da população e discute as contradições dentro da própria esquerda em relação às pautas de gênero, refletindo sobre os caminhos para uma política verdadeiramente coletiva e emancipatória.Ouça o episódio completo e não esqueça de seguir e curtir o Pauta Pública nas plataformas de áudio.
O que a população palestina está sofrendo na Faixa de Gaza só pode ser chamado por um nome: genocídio. Para analisar esse conflito e as consequências para região e para o mundo, o Pauta Pública desta semana recebe o jornalista palestino Ramzy Baroud. Colunista, escritor e colaborador em diversos veículos, Baroud relata que parou de contabilizar seus familiares mortos quando já havia perdido 56, incluindo sua irmã, uma médica assassinada por um drone israelense enquanto tentava salvar vidas.Ele lembra que os crimes de Israel são conhecidos há décadas e, mesmo com a intensificação nos últimos 600 dias, ainda há certa cumplicidade da mídia e dos governos ocidentais em silenciar essa realidade “e ainda assim, seguem fornecendo armas, apoio político e legitimidade [...] estamos lidando com psicopatas que perderam a própria humanidade,” afirma. Ouça e compartilhe esse episódio para que ele possa chegar ao maior número de pessoas.
Oito em cada dez brasileiros admitem já ter acreditado em conteúdos falsos. É o que revela uma pesquisa do Instituto Locomotiva. Ainda assim, segundo o levantamento, 62% das pessoas disseram confiar na própria capacidade de diferenciar informações falsas e verdadeiras em um conteúdo. Mas essa realidade parece estar mudando aos poucos, com os avanços das tecnologias de produção de vídeos gerados por inteligência artificial. Quem não acreditou - ou conhece alguém que tenha acreditado - no canguru de apoio emocional tentando entrar no avião? Para analisar esse momento e pensar em alternativas que assegurem o direito à informação real, o entrevistado do Pauta desta semana é Ergon Cugler, pesquisador sobre políticas públicas, desinformação, conspiracionsimos, IA e Big Techs. Ele também avalia o Projeto de Lei 2338/2023, atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados, que propõe o Marco Legal da Inteligência Artificial no Brasil. Para Cugler, é fundamental ter uma legislação regulatória que também leve em conta os riscos de aplicação de cada I.A. “[se tiver] risco de aumentar a desigualdade ou colocar vidas em perigo, por exemplo, ela não pode operar.”Ouça o episódio completo e não deixe de seguir e curtir o Pauta Pública
A cada seis minutos, uma criança é vítima de abuso sexual no Brasil. Nove em cada dez são meninas, a maioria negras e menores de 14 anos de idade. Outro agravante frente a essa violência é a negação do aborto legal, garantido em lei desde 1940. Neste episódio do Pauta Pública, a conversa para ir além do óbvio é a urgência de combater a exploração sexual infantil e a maternidade forçada. A entrevista é com Letícia Ueda Vella, advogada do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde e integrante da campanha Criança Não É Mãe. Ela destaca como redes anti-direitos atuam articuladamente para impedir o acesso ao aborto legal, mesmo em casos de estupro, e como o Estado tem se omitido da responsabilidade de garantir um direito básico e previsto na legislação.Ouça o episódio completo e não esqueça de seguir e curtir o Pauta Pública nas plataformas de áudio.
Com as tensões crescentes entre as grandes potências e o avanço da corrida armamentista nuclear, uma nova guerra de proporção mundial parece cada vez mais próxima. Trump, nos Estados Unidos, considerando a possibilidade de deixar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), as tensões em Taiwan, novas investidas de Putin na guerra contra a Ucrânia e Netanyahu dobrando a aposta no Oriente Médio com o genocídio palestino, são alguns dos exemplos de que passo a passo o mundo parece caminhar em direção a a um novo conflito mundial. Em 2024, as despesas militares em todo o mundo atingiram 2,7 trilhões de dólares, o maior aumento anual desde pelo menos o fim da Guerra Fria.Mesmo que uma nova guerra não se concretize, o fato deste cenário ser considerado já mexe muitas peças do tabuleiro geopolítico e transforma o aspecto da economia global. Para tentarmos entender o que realmente toda essa movimentação significa, o quanto estamos mais próximos deste conflito global, a entrevista do Pauta Pública da semana é com Monica Herz, professora associada do Instituto de Relações Internacionais da PUC - RJ. Ela analisa as tensões entre as grandes potências mundiais,como fica todo esse contexto de instabilidade para América Latina e para o Brasil e avalia se tem algo que possa impedir essa escalada.
João Antônio Trindade Bastos, jovem negro de 23 anos, foi detido durante um jogo de futebol de seu time. Francisco Ferreira da Silva, aposentado de 80 anos, foi levado à delegacia enquanto fazia um trabalho voluntário. Ambos foram identificados e confundidos por meio de sistemas de reconhecimento facial de suas cidades. Eles só conseguiram ser liberados após a polícia confirmar o erro. Esses casos são exemplos recentes que refletem um padrão histórico de prisões injustas contra a população negra. O aumento de programas de vigilância digital, como o Smart Sampa, lançado pelo prefeito Ricardo Nunes, na cidade de São Paulo, expõe os limites e os riscos dessa tecnologia, especialmente quando aplicada à segurança pública. E para analisar como o uso crescente de câmeras e algoritmos têm aprofundado o racismo estrutural no Brasil, o Pauta Pública desta semana recebe Pedro Diogo Carvalho, que é coordenador de Vigilância e Novas Tecnologias no Laboratório de Políticas Públicas e Internet (LAPIN) e integrante da campanha Tire Meu Rosto da Sua Mira. Para ele, mais tecnologia não significa mais segurança, principalmente quando ela reforça desigualdades históricas e viola direitos fundamentais. Ouça o episódio completo e nos ajude a continuar oferecendo conteúdo gratuito e de qualidade. Você pode fazer um pix de R$ 10,00 hoje para contato@apublica.org. Contamos com seu apoio, e não esqueça de comentar o que achou deste episódio.
Nenhuma mãe está alheia às pressões do ideal construído sobre a maternidade. Mesmo que nos últimos anos falar sobre exaustão, sobrecarga, falta de rede de apoio e solidão no cuidado com os filhos tenha se tornado mais comum, esses desafios continuam recaindo, quase exclusivamente, sobre as mulheres. Um cenário que é ainda mais complexo na maternidade atípica, cuidar de uma criança neurodivergente, ou fazer parte de uma família que não se enquadra nos padrões esperados pela sociedade. Para falar sobre como a experiência de cada maternidade é única, mas que o cuidado precisa ser coletivo, o Pauta Pública desta semana recebe Luciana Viegas, pedagoga e diretora-executiva do Instituto Vidas Negras com Deficiência Importam. Autista e mãe de autista, Luciana aponta caminhos e reflexões para transformar as dificuldades em luta e construir uma sociedade mais acolhedora, que entenda a diversidade e a impossibilidade de criar um filho idealizado a partir de uma ‘normalidade’. Confira o episódio completo e não deixe de seguir e curtir o Pauta Pública, no seu tocador favorito. Compartilhe também o que achou deste episódio nos comentários.
O avanço das tecnologias e da inteligência artificial, somados à crescente precarização, têm feito a CLT ser vista com desdém por parte da juventude, como um símbolo ultrapassado de um modelo de trabalho que já não parece mais acessível. A reforma trabalhista aprovada no governo Temer, em 2017, pavimentou esse cenário ao flexibilizar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). De acordo com o IBGE, o Brasil conta com pelo menos 2,1 milhões de brasileiros trabalhando por meio de plataformas digitais, que cumprem jornadas mais longas e têm menos proteção previdenciária do que os demais brasileiros.Para falar como as relações de trabalho vêm se transformando nas últimas décadas, o Pauta Publica desta semana entrevista o sociólogo Ruy Braga que analisa como termos — antes sinônimo de estabilidade e conquista — passaram a ser criticados e desprezados. “Esse desmanche da utopia da sociedade salarial brasileira — de você ter um emprego protegido, ganhar um salário digno, trabalhar durante muitos anos numa empresa, viver uma aposentadoria digna, enfim — isso tudo fica para trás. [...] E se não é alcançável, deixa de ser desejável. E se não é desejável, muitas vezes se transforma em algo que é motivo de repulsa.” Confira o episódio completo e não deixe de seguir e compartilhar o Pauta Pública.
Frei Betto analisa o papado francisco e as movimentações para a escolha do novo Papa Primeiro papa latino-americano e jesuíta, o Papa Francisco - morto no dia 21 de abril - que governou a Igreja Católica nos últimos 12 anos, deixa um legado reformista e de ruptura com tabus até então intocados pelo Vaticano. A escolha do novo Papa, em meio ao avanço da extrema direita pelo mundo - torna ainda mais importante o resultado do conclave que decidirá o futuro político da instituiçãoNeste episódio do Pauta Pública, Andrea Dip e Claudia Jardim recebem o Frei Betto — frade dominicano, escritor e assessor de movimentos pastorais e sociais — que acompanhou de perto os principais marcos do papado de Francisco. De acordo com Betto, a atual conjuntura social, política e econômica do Ocidente exige espírito e habilidades diplomáticas do novo Papa para representar uma Instituição que congrega mais de 1 bilhão de fieis pelo mundo.Conte o que você achou deste episódio nos comentários. Não esqueça de seguir, curtir e compartilhar o Pauta Pública. Você também pode colaborar com o nosso jornalismo, fazendo uma doação de qualquer valor em apoie.apublica.org
Na última segunda, dia 14, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) protocolou um requerimento de urgência para levar ao plenário o projeto que concede anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.Diante deste cenário de pressão para anistiar crimes contra o Estado e as possíveis consequências para a democracia, o Pauta Pública desta semana entrevista o filósofo Vladimir Safatle, professor livre-docente da Universidade de São Paulo que, em 2018, no período em que Jair Bolsonaro viria a ser eleito presidente, havia alertado que “quando você não acerta as contas com a história, a história te assombra”, em referência a outra Anistia, a de 1979, que concedeu perdão a todos os que cometeram crimes políticos ou conexos na Ditadura Militar (1964-1985).Safatle defende que conceder perdão a golpistas agora seria repetir o erro histórico de garantir impunidade para ações antidemocráticas. Ouça o episódio completo e conte o que achou nos comentários. não deixe também de seguir, curtir e compartilhar o Pauta Pública.
O psicólogo Alexandre Coimbra Amaral fala sobre saúde mental, desigualdade e o impacto do caos global na vida cotidianaO cotidiano da população brasileira é marcado por desigualdades sociais, precarização do trabalho, violência urbana e até mesmo pela insegurança alimentar. A isso se somam as incertezas globais, como as mudanças climáticas, que ameaçam a vida no planeta. Como consequência, vemos uma sociedade ansiosa, marcada pelo medo e pela exaustão. De acordo com dados da Our World in Data, o Brasil lidera o ranking mundial de países com mais casos de transtorno de ansiedade, em um cenário que piorou após a pandemia. Para discutir as raízes sociais da ansiedade e os possíveis caminhos de cuidado coletivo e acolhimento da saúde mental, o Pauta Pública da semana recebe o psicólogo, escritor e podcaster Alexandre Coimbra Amaral. Autor do livro Toda Ansiedade Merece um Abraço. Confira o episódio completo e não deixe de avaliar o episódio no seu tocador
adorei a entrevista! sempre achei que nem todas as ansiedades se trata com remédio, mas agora o Alexandre confirmou
Entrevista excepcional e muito esclarecedora sobre o assunto.
👍Ótima entrevista.
Muito bom esse primeiro programa! Sinto me satisfeito ao apoiar vcs com esse projeto. Minha dica para o quadro de cultura: "A Boa da Pública".